Depressão na adolescência

Quase todas as pessoas, experimentam sentimentos temporários de tristeza em algum momento. Este sentimento faz parte da vida, e tende a desaparecer sem tratamento. Por outro lado, uma pessoa que sofre de um transtorno depressivo, raramente irá conseguir superar o problema sem ajuda. A depressão pode comprometer seriamente a capacidade de uma pessoa levar uma vida normal e, além disso, pode colocar em risco a vida dessa pessoa. 

Estima-se que o transtorno depressivo afete entre 0,4 a 3% em crianças e 3,3 a 12,4% adolescentes. E ainda que 10% dos pré-adolescentes e 30 a 40% dos adolescentes passem por episódios de humor deprimido ou angústia significativa por curto período.

Os sintomas variam de acordo com o processo maturacional, de acordo com as várias fases de desenvolvimento.

Na adolescência dentre outros sintomas, é importante observar algumas modificações nos comportamentos como:

- Autodepreciação;

- Comportamento agressivo;

- hostilidade com a família e amigos;

- Distúrbio do sono;

- Modificação da atitude em relação à escola;

- Queda do rendimento escolar;

- Diminuição da socialização;  

- Isolamento prolongado;

- Afastamento de atividades grupais;

- Queixas sintomáticas;

- Modificação inabitual do apetite e do peso;

-Perda da energia habitual;   

É fundamental a participação dos pais no tratamento, pois é muito difícil tratar depressão em adolescentes sem os pais estarem esclarecidos sobre a doença, seus sintomas e como podem ajudar para a melhora. Uma das terapias que mostra grande eficácia nesses quadros, é a psicoterapia cognitiva comportamental, que por meio dela, os especialistas procuram ensinar os pacientes como encontrar prazer em atividades rotineiras, identificar e modificar pensamentos que conduzem à depressão e melhorar as relações interpessoais.

 A depressão é uma doença comum e, não há motivos para sentir-se envergonhado de procurar um tratamento, assim como fazemos com uma gripe. Buscar tratamento é muito importante, pois, a severidade pode levar a quadros mais graves, como comportamentos autodestrutivos (suicídio). A adolescência destaca-se como o período relacionado à morte violenta e infelizmente, esses comportamentos vêm aumentando nas últimas décadas.