quinta, 21 Nov , 2024
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DEFLAÇÃO! BOM OU RUIM?

há 7 anos

No ultimo mês fomos informados que a economia brasileira registrou deflação. Nós que somos acostumados a ouvir em inflação recorrentemente, desta vez ouvimos a palavra deflação. Mas esta noticia é boa? Devemos comemorar a deflação? A resposta para essas perguntas e o aplanamento das dúvidas estarão abaixo.

A deflação acontece quando os preços de produtos e serviços caem em determinado período. É um movimento contrário ao da inflação, quando os preços sobem. Assim a moeda (dinheiro) ganha valor real frente a serviços, produtos, imóveis e mercadorias. Ela pode ser pontual ou acontecer por um período mais longo. Como um termômetro que mede a temperatura do corpo, a deflação pode sinalizar que algo não vai bem à economia e que é preciso fazer um diagnóstico.

Por poucas vezes o Brasil teve deflação em sua história. Ela sempre foi mais comum  entre países desenvolvidos. O caso mais grave aconteceu em 1930, como reflexo da quebra da bolsa de Nova York em 1929. Os preços cederam  8,9% em um ano no Brasil, segundo dados do custo de vida no Rio de Janeiro disponibilizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Com a deflação todo mundo perde, mas os devedores são os mais prejudicados, especialmente os que contraíram crédito no longo prazo. Se os preços caírem muito, quem financiou um imóvel por 20 anos terá que pagar mais do que o bem passou a valer, por exemplo. Isso também compromete a atividade dos bancos, que passam a emprestar menos, com menos gente disposta a contrair empréstimos na expectativa de que os preços continuem recuando. Pela lógica, é melhor guardar o dinheiro para pagar um valor menor no futuro. Quando há expectativa de que os preços caiam, os consumidores e empresários deixam de comprar e investir, apostando que os preços cederão ainda mais no futuro. Isso alimenta uma nova queda de preços e puxa a economia para baixo. Se ninguém consome, ninguém vende, e as empresas são forçadas a ofertar seus produtos abaixo do custo. Vender abaixo do custo gera prejuízos e leva a demissões, nutrindo a retração da economia, o que leva a um quadro crônico de recessão.

Portanto, podemos concluir que a deflação por um período prolongado pode ter um resultado tão ou mais devasto que uma taxa de inflação elevada. Assim, o velho ditado "Tudo que é demais, faz mal" serve para a economia também.

Forte abraço e até mês que vem! Companheiro Dinheiro!

*Vale salientar que não vejo um cenário de desinflação prolongada e de inflação elevada para a economia brasileira nos próximos anos.


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