O processo de cicatrização depende de inúmeros fatores, entre os mais importantes estão o tipo de ferida (cirúrgica ou acidental, limpa ou contaminada, local, extensão, etc), cuidados na sutura (técnica e fios utilizados), cuidados pós operatórios e cicatrização do paciente. Esse último é inerente ao paciente, dependendo do tipo de pele, genética, idade, nutrição, etc.
Uma das grandes preocupações dos pacientes que procuram as cirurgias estéticas são as cicatrizes patológicas, aquelas que fogem da normalidade e apresentam aparência evidente e desagradável. Habitualmente toda alteração cicatricial é chamada de quelóide, mas isso é equivocado. Iremos abordar os principais tipos de cicatrizes cirúrgicas e como melhorar sua aparência.
As mais comuns são:
Cicatrização normal (habitual): Costuma ficar levemente elevada e avermelhada até o 3° mês, quando começa a clarear e aplainar. Após sua recuperação total, que ocorre de 12 a 18 meses, tende a ficar com a cloração e relevo próximos ao da pele ao redor, sendo bem discreta e muitas vezes imperceptível.
Cicatriz hipertrófica: Muito confundida com a quelóide as cicatrizes hipertróficas se apresentam como relevo elevado, consistência endurada e coloração avermelhada. Entretanto nunca se extende além dos limites da ferida ou corte original.
Quelóide: Assim como a cicatriz hipertrófica o quelóide tem aumento do relevo e alteração da cor local, mas pode ultrapassar os limites da ferida inicial. Costuma aparecer a partir do 3° mês acompanhado de coceira. É comum nos depararmos com queloides extensos secundários à colocação de brincos, sequelas de acne e feridas corriqueiras.
E como podemos evitar uma cicatriz desagradável?
Nem sempre é possível evita-la, mas é necessário diminuir sua probabilidade de ocorrer.
Nos primeiros dias é importante evitar a infecção local, mantendo a ferida sempre limpa e seca. Água e sabonete são geralmente suficientes. O uso de curativos é opcional e as recomendações médicas devem ser seguidas, pois cada ferida tem um comportamento especifico.
Evitar a exposição solar e usar protetor é fundamental, pois o sol tende a escurecer e manchar as cicatrizes.
O uso de pomadas e cremes deve obedecer às orientações médicas, pois não existe nada milagroso que deva ser usado em todas as situações. Há inúmeras substâncias e princípios ativos com diferentes indicações. Aloe Vera, silicone, vitaminas e corticoide são os mais comuns.
Se mesmo após todos os cuidados a cicatriz pareça ruim é possível realizar o tratamentos para melhora, que vão desde aplicação de medicamento até opções cirúrgicas.