sábado, 04 Mai , 2024
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ENDOMETRIOSE

há 11 meses

A endometriose é uma doença que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero, como bexiga, intestino, ovários e dentre outros locais. O endométrio, por sua vez, é a camada interna do útero, que se renova mensalmente pela menstruação.

É uma doença mais frequente do que as pessoas imaginam. Estima-se que 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade possuem essa doença. Esse percentual sobe para até 70% quando a mulher apresenta história de infertilidade ou dor pélvica.

Os locais mais atingidos pela endometriose são: ovários, fundo de saco de Douglas (atrás do útero), fundo de saco anterior (à frente do útero), ligamentos que sustentam o útero, trompas, septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), intestino, bexiga, e parede da pelve.

A endometriose pode se apresentar de diversas maneiras, porém o principal sintoma é a cólica menstrual e fluxo menstrual intenso, o que pode atrapalhar a vida social e no trabalho, podendo haver também dores fora do período menstrual e nas costas. A vida conjugal pode ser prejudicada pelas queixas de dor na relação sexual e pela infertilidade, que é definida pela ausência de gravidez após um ano de atividade sexual sem o uso de métodos contraceptivos.

A teoria mais aceita para o desenvolvimento da doença é a de que no momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga. Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em diversas regiões da cavidade abdominal. Daí, quando o sistema imunológico, que é responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, elas podem se instalar e proliferar, levando ao estabelecimento da doença.

Existem alguns exames disponíveis que auxiliam no diagnóstico da doença, como ultrassom com preparo intestinal e ressonância magnética, que com avanço da medicina cada vez mais conseguem fazer diagnósticos precoce, como em pacientes jovens ou até mesmo antes de iniciar a vida menstrual. Porém só se pode ter certeza da presença de células endometriais em locais não fisiológicos, através do estudo histopatológico, ou seja, com biópsia do tecido, com a cirurgia de videolaparoscopia que é o método padrão ouro para diagnóstico e tratamento da doença.

Basicamente, existem duas modalidades terapêuticas para esta doença: os métodos hormonais e os métodos cirúrgicos, associados sempre ao estilo de vida saudável. Em se tratando de melhora da fertilidade, o tratamento cirúrgico com a videolaparoscopia se apresenta como o melhor método, pois consegue aumentar significativamente as taxas de gravidez em qualquer estágio da doença em até cerca de 50%, com a remoção de todo o tecido endometrial ectópico presente na cavidade abdominal. Também nos quadros de dores intensas a cirurgia se faz de escolha.

Em casos mais graves, nos quais a cirurgia pode não ser capaz de restaurar a fertilidade, as técnicas de reprodução assistida aparecem como a única solução plausível. Importante ressaltar que quanto mais idade tiver a paciente, piores são os resultados do tratamento desta doença.

Portanto fique em alerta para os sinais e sintomas dessa doença, se você tem dores que não melhoram com analgésicos, com necessidade de medicação venosa, principalmente no período menstrual, dificuldade pare engravidar, fluxo intenso menstrual, consulta um ginecologista para investigação de endometriose.

 

Dra. Riane Franchi - Ginecologista e Obstetra
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