Hoje estamos aqui para esclarecer a história de uma das marcas mais badaladas das redes sociais, peça obrigatória de toda e qualquer celebridade de internet. Um tanto quanto fora da realidade do consumo brasileiro, mas entender o que as celebridades usam ajudam a pautar o que será as tendências para o seu guarda roupa, pois todas os estilistas, inclusive os brasileiros estão sempre atentos ao que essa marca está fazendo especialmente agora. Estamos falando da Balenciaga, uma marca que surgiu da aristocracia espanhola e hoje domina até os hipsters americanos. Você já conhecia? Não? Prepare-se, pois, ela determina muito do que está chegando nas vitrines.

Vale saber! 

Cristóbal Balenciaga foi um garoto de criação humilde, filho de pescador e costureira, que iniciou seu trabalho como aprendiz de alfaiate. Aos 12 anos com a ajuda de uma cliente foi a Madrid se profissionalizar e em 1919 fundou sua primeira boutique em São Sebastião, que, na sequência, deu origem a filiais em Madrid e Barcelona.

Após da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) foi obrigado a encerrar suas atividades, mas nem tudo estava perdido e ele recomeçou a sua vida em Paris. Com peças leves e soltas, vestidos ao estilo túnica, chemises e casacos quimonos, Balenciaga fez sucesso improvável na década de 50 e 60, quando mulheres usavam modelitos ultra femininos como saias rodadas e cinturas marcadas, evidenciando a visão além de seu tempo. E não só isso, ele foi o mestre de grandes nomes que veríamos no futuro como Oscar de La Renta, André Courreges e Hubert de Givenchy.
Em 1968 Cristóbal falece deixando um legado brilhante. A marca foi vendida em 2001 ao grupo Gucci que a administra desde então.

Deu o que falar! 

Recentemente em 2015, o belga Demna Gvasalia assumiu a direção criativa e chegou chegando. Em um mercado fashion que vive de quebra de tabus e tentativas de inovação, Demna causou furor com suas criações com muita personalidade, lançando mão de toda a sua bagagem de refugiado que deixou a Rússia em direção à Alemanha aos 12 anos, permeando a sua criação com diversas homenagens e ativismo subversivo. Essa atitude conquistou a geração de Millennials que estão sempre atrás de uma causa para abraçar.
Você lembra do look que Kim Kardashian usou no famoso baile do Met em setembro de 2021? Pois bem, era só o começo.

Em uma festa onde todos querem chamar a atenção por suas jóias milionárias ou vestidos glamourosos ele leva o olhar ao reconhecimento de um corpo através de uma malha preta. Na realidade, o que nos mostra é o quão vazio a sociedade tem se tornado ao reconhecer alguém por suas formas plastificadas ao invés de um rosto familiar.

Em seu último desfile de Primavera 23 o burburinho foi ainda maior! Imagine você receber um convite em forma de maço de dólares falsos. Um pouco peculiar, certo?! A locação do evento foi a Bolsa de Valores de Nova York, em Wall Street, ícone do capitalismo americano e região de endinheirados estilizados. O som? Um techno pesado embalando modelos cobertos por máscaras de látex e atitude sombria. Tudo isso misturado a alfaiatarias impecáveis, blusas em seda, saias lápis em couro, calças retas e muitos calçados pesados.

Quer mais? A maior surpresa fica por conta de uma collab da Adidas + Balenciaga, com peças colocadas à venda imediatamente após o desfile. Resultado? Peças esgotadas ao redor do mundo em tempo na hora!!

Me responda você: Será que hoje em dia o lançamento de impacto é o motor do consumo? Não seria essa estranheza necessária para canalizar a atenção da mídia e, assim, reverter em vendas?

Olha, com um faturamento desses, errados eles não estão!
 

T. Responde 

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Obrigada pela leitura, beijos. Tati.