• Textos e Reportagens: Natália Tiezzi Manetta • Criação e Diagramação: Agência Boomerang
Amigos leitores. Nossa reportagem especial de capa deste mês de junho contará um pouco da história de um sonho que se realizou e abriu portas para um novo caminho, uma nova profissão, uma nova conquista profissional. Quem nos contará sobre tudo isso é a querida Rossana Tempesta Maldonado, ou simplesmente Rô, que apresentará sua RO.MA, uma empresa especializada em Cidadania Italiana.
Apaixonada pela Itália, Rô viajou pela primeira vez ao país europeu para descobrir mais sobre seus antepassados, entre os quais Lorenzo Tempesta, seu bisavô, que lhe passa a linhagem dos Tempesta através do avô, Rubens Tempesta. A família Tempesta é bastante conhecida em São José, sendo que Rô tem parentesco com Dom Orani Tempesta, hoje arcebispo do Rio de Janeiro.
A primeira experiência de Rô na Itália foi em Lacio (Lazio). Ela disse ainda que um de seus sonhos era conhecer Cássia por conta de uma promessa que havia feito por conta da saúde da irmã. “Apesar de uma vontade minha, contei sempre com o apoio de minha família, meus pais, minha querida irmã Lú”, disse.
E para que tudo isso acontecesse, Rô foi em busca do reconhecimento de sua Cidadania Italiana, cujo processo teve início em 2017. Entretanto, o que ela não imagina era que seu processo presencial, já que viveu por meses na Itália, mais precisamente na província de Ferrara, uma comuna italiana da região da Emília-Romanha, para obter sua cidadania se transformaria em uma experiência tão valiosa e prazerosa que, a partir dela, Rô pôde descobrir um novo talento, uma nova carreira profissional. “Acredito que como assessora estou tendo a oportunidade de realizar e também vivenciar sonhos, assim como aconteceu comigo”, destacou.
A Cidadania Italiana realmente é uma conquista para muitas pessoas que possuem descendência de famílias vindas da Itália, como é o caso de inúmeros rio-pardenses, que estão descobrindo que por meio da RO.MA é possível e viável sua concretização.
“Procuro sempre orientar meus clientes para que o processo seja realizado aqui no Brasil com muita transparência e dentro de todos os trâmites legais para que chegue à Itália sem que haja intervenções, já que o mesmo é realizado em duas etapas, aqui e lá”, ressaltou Rô.
Além das origens familiares, a Cidadania Italiana traz inúmeros benefícios e conquista-la não é difícil. Vamos conhecer um pouco mais sobre a RO.MA e todas as vantagens de ser um cidadão europeu na entrevista, na íntegra, abaixo, a qual Rô relembrou alguns de seus momentos inesquecíveis na Itália e falou sobre sua experiência na assessoria à Cidadania Italiana.
A EXPERIÊNCIA PESSOAL QUE SE TORNOU PROFISSIONAL
Após conhecer um pouco sobre suas raízes antepassadas, Rô entrou em contato com uma empresa de assessoria em cidadania italiana em São Paulo para iniciar os trâmites para seu reconhecimento.
“Optei pelo processo presencial para obter a cidadania e morei por alguns meses na Itália, em Ferrara. Lá, meu processo foi acompanhado pela Fabris Garagnanis Cidadania Italiana, que atuava no mercado desde 2015”, contou.
Por meio dos representantes Mateus e Amanda, Rô pode acompanhar, além de seu próprio processo, o de mais clientes, inclusive brasileiros, que buscavam a Fabris para o reconhecimento da Cidadania. “Pude perceber a seriedade, o comprometimento e a dedicação da empresa em cada processo, já que atuei como uma espécie de auxiliar na mesma”.
A breve experiência de Rô na Fabris Garagnanis despertou um talento que nem ela sabia que tinha. “Aqueles meses foram tão intensos para mim! Aprendi muito na empresa, com o apoio do Mateus e da Amanda, vivenciando cada processo, cada pessoa que chegava em busca de sua cidadania que me identifiquei com aquilo. E, embora eu amasse meu trabalho na imobiliária da minha família aqui no Brasil, uma nova paixão despertara em mim”, afirmou.
Durante essa experiência, Rô percebeu a importância de uma assessoria na vida de qualquer pessoa que busque o reconhecimento à cidadania. “Comecei a perceber que, na verdade, a assessoria simplifica os trâmites, tornando o caminho para a cidadania mais seguro e essa segurança era passada aos clientes da Fabris, que buscavam a empresa com objetivos diferentes, com sonhos diferentes. E foi então que entendi que aquilo não poderia passar apenas de uma experiência em outro país para mim”.
E, realmente, não passou. A paixão desperta na Itália começou a dar frutos no Brasil, quando Rô regressou e iniciou trabalhos de assessoria em cidadania italiana.
A RO.MA: A ASSESSORIA QUE FAZ A DIFERENÇA
Após um longo período de trabalho no Brasil, onde Rô pode colocar em prática suas experiências na Itália, neste mês de abril ela iniciou mais uma etapa profissional por meio da RO.MA, cujo nome, além das iniciais do próprio, remete a uma das mais belas cidades italianas, que possui mais de 3.000 anos de arte, arquitetura e cultura influentes no mundo todo e à mostra como as Ruínas antigas como o Fórum e o Coliseu, que evocam o poder do antigo Império Romano.
“O nome foi uma grande inspiração em Roma, mas também uma junção de meu nome e sobrenome, mais uma feliz coincidência para esta nova etapa profissional, a qual estou me dedicando para proporcionar muito além da Cidadania Italiana aos meus clientes, mas uma experiência que envolve comprometimento em todas as atividades e ações com os trâmites para se alcançar este objetivo”, observou Rô.
Um dos diferencias da RO.MA é exatamente a experiência de cliente que a Rô vivenciou na Itália. “Isso me faz colocar no lugar de cada pessoa que procura minha empresa, pois consigo idealizar aquele objetivo junto com ela, explicando o passo a passo de cada etapa, tirando dúvidas, enfim. Meu processo presencial na Itália me proporcionou aprender tudo isso que, agora, posso passar com exclusividade aos meus clientes”.
E de cliente da Fabris Garagnani Cidadania Italiana, Rô se tornou parceira, já que todo processo realizado pela RO.MA é encaminhado à empresa, na Itália. “Confio muito no trabalho da Fabris porque minha experiência foi muito positiva. Só tenho a agradecer por essa parceria e por poder proporcionar uma assessoria completa, tanto aqui, quanto na Itália para todos os clientes”, disse Rô.
COMO ADQUIRIR A CIDADANIA ITALIANA?
Rô informou que o primeiro passo é fazer uma busca na família para descobrir ascendentes italianos, sendo que não há limite de gerações. Após, ela recomendou que a pessoa procure a RO.MA, que assume toda assessoria, o que compreende orientações quanto à documentação necessária, processos e valores.
“São duas formas de processo para o reconhecimento da Cidadania Italiana, sendo a presencial, a qual já citamos, onde a pessoa pode morar por alguns meses na Itália, entretanto, esse processo está mais demorado por conta da Pandemia e a vigência inicia-se novamente a partir de 2021. Porém, essa é uma medida de segurança e prevenção à Covid-19, sendo que se houver liberações de voos à Itália, esses processos serão adiantados. Há também a possibilidade do processo à distância, onde não é preciso passar por essa experiência de residir na Itália. A RO.MA disponibiliza um advogado que trata dos trâmites diretamente com o Tribunal de Roma. Esse processo é um pouco mais demorado e pode levar cerca de 2 a 3 anos para sua conclusão e reconhecimento da Cidadania Italiana”, explicou.
Ela afirmou que o perfil dos clientes que procura sua assessoria é de jovens que buscam a Cidadania Italiana para poderem estudar, trabalhar na Europa, além de pessoas com mais de 60 anos que buscam pelas suas origens italianas.
Entre os benefícios da Cidadania Italiana inclui-se o passaporte italiano, com acesso sem visto ou visto na chegada a 168 países e territórios. “Como cidadão europeu, a pessoa poderá votar, abrir contas bancárias, empreendimentos, investir em imóveis, usufruir de assistência médica pública, estudar em universidades, entre outros”, afirmou Rô.
A RO.MA está funcionando provisoriamente na Malca Imobiliária, onde Rô atende com hora marcada, ou online pelos meios de comunicação: telefone, whatsapp, webcam e e-mail.
Para finalizar, a reportagem questionou a entrevistada sobre o que mais gosta neste novo ramo profissional. “Com certeza é a satisfação e poder realizar o sonho da Cidadania Italiana, sempre mostrando e buscando o melhor caminho aos meus clientes. Quando fazemos um trabalho com dedicação e respeito o retorno é garantido. É muito gratificante quando uma pessoa entra em contato comigo e diz que foi indicação de um cliente. É uma troca mútua de confiança, onde o cliente confia em mim e eu no cliente para que tudo aconteça da melhor maneira possível para ambas as partes. Confesso que a RO.MA é também uma realização pessoal, onde aprendo e cresço a cada dia”, destacou.
Ao final da entrevista, Rô, muito emocionada, fez questão de fazer alguns agradecimentos. “Agradeço primeiramente a Deus pelas oportunidades que Ele me proporcionou e, agora, mais do que nunca, vem me proporcionando. À minha família, a todos os meus clientes e amigos que confiaram e confiam em mim e no meu trabalho e também a mais duas pessoas que foram de extrema importância no meu aprendizado e em minha vida para que tudo isso fosse possível, amigos que guardo e agradeço: Patrícia e GianCarlo. Agradecimentos também aos meus irmãos Matheus e Amanda da Fabris Garagnani, que sempre me apoiaram e torceram por mim acreditando em meu trabalho e, por fim, aos queridos profissionais que participaram desta edição: Trinca (Evidência Revista), Daniel e Fernanda (Agência Boomerang), Natália Tiezzi, e a todos que indiretamente ajudaram nesta edição maravilhosa, a qual puder compartilhar meu trabalho e minha linda Itália”.
Além do público rio-pardense e região, essa edição especial de Evidencia Revista cruzará o oceano e chegará à Itália, no escritório da empresa Fabris Garagnani.
UM POUCO DE HISTÓRIA: A IMIGRAÇÃO ITALIANA AO BRASIL.
Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil na década de 1870. Porém, foi entre as décadas de 1880 e 1910 que houve o maior fluxo de italianos para o território brasileiro, principalmente, para as regiões sul e sudeste do país.
Grande parte dos italianos que migrou para o Brasil eram de origem humilde, principalmente de regiões rurais da Itália. O Brasil era visto como uma terra nova, repleta de oportunidades. Vale lembrar que a Itália passava por uma crise de emprego na segunda metade do século XIX, gerada, principalmente, pela industrialização do país. O alto crescimento populacional não foi acompanhado pelo crescimento econômico do país e pela geração de novos empregos, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida em outros países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Suíça, entre outros).
Se por um lado a Itália tinha muitas pessoas querendo buscar trabalho em outros países, o Brasil necessitava de mão de obra. Após a Abolição da Escravatura (1888), os agricultores optaram pela mão de obra de origem europeia, ao invés de integrarem os ex-escravos ao mercado de trabalho. O próprio governo brasileiro fez campanha na Itália para atrair esses italianos para o trabalho na lavoura brasileira.
Grande parte das colônias italianas se concentrou nas regiões sul e sudeste do Brasil. O estado de São Paulo foi o que mais recebeu imigrantes italianos. que foram trabalhar nas lavouras de café e também nas indústrias da capital do estado.
Já no sul do país, estes imigrantes se concentraram, principalmente, na região da Serra Gaúcha. Muitas colônias italianas foram criadas em cidades como, por exemplo, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi. A cultura de uva para a produção de vinho foi a principal atividade econômica realizada por estes imigrantes.
Alguns italianos chegaram ao Brasil dispostos a criar pequenas empresas e prosperar na nova terra. Vendiam o que tinham na Itália e investiam no Brasil em áreas como a agricultura, comércio, prestação de serviços e indústria. Muitos destes italianos empreendedores prosperaram em seus negócios, gerando riquezas e empregos no Brasil. Um dos exemplos mais conhecidos foi de Francesco Matarazzo e seus irmãos, que emigraram para o Brasil em 1881 e construíram em São Paulo um verdadeiro império industrial.
No começo do século XX, começou chegar à Itália, notícias das péssimas condições de trabalho e moradia de famílias italianas residentes no Brasil. Essas informações foram divulgadas pela imprensa, fazendo com que diminuísse drasticamente a vinda de italianos para o Brasil. Outro fato que influenciou essa queda na imigração, foi o controle feito pelo governo de Benito Mussolini sobre a imigração no final da década de 1920.
Os italianos que vieram viver no Brasil trouxeram na bagagem muitas características culturais que foram incorporadas à cultura brasileira, estando presentes até os dias de hoje. Muitas palavras italianas foram, com o tempo, fazendo parte do vocabulário português do Brasil. No campo da culinária esta influência foi marcante, principalmente, nas massas (macarronada, nhoque, canelone, ravióli, etc.), molhos e pizzas. Os italianos também ajudaram a fortalecer o catolicismo no país.
De acordo com dados estimados da Embaixada da Itália no Brasil, vivem no país cerca de 30 milhões de descendentes de italianos, sendo que grande parte concentrada nas regiões sul e sudeste.
Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram residir no Brasil.”
A ORIGEM DE PINOQUIO
Pinóquio é um personagem da literatura infantil conhecido em todo o mundo. O livro com suas histórias foi escrito pelo autor italiano Carlo Lorenzini, mais conhecido como Carlo Collodi (1826-1890). Pinóquio é um boneco de madeira feito por um marceneiro chamado Gepeto. Ele fala, pensa e age como uma criança. Toda vez que inventa uma mentira, seu nariz cresce.
A origem do nome não é clara: se é verdade que pinóquio significa pinhão, existem muitos outros nomes similares com pin, que derivam de Pino, alcunha diminutiva de Giuseppino (diminutivo de Giuseppe - José em italiano) como o próprio Geppetto ou também de Filipino (de Filipe) e Iacopino (de Iacopo - Jacó). Por outro lado, Pinóquia indicava, no dialeto toscano de algum tempo atrás, uma galinha ou uma mulher pequena e um pouco gorducha, mas bem proporcionada.
No sentido de pinhão, pode-se resumir simbolicamente as características do personagem, como evidenciou também Gérard Génot: A "semente" como valor "filial, infantil", no seu próprio ser "de madeira", enfim "a carne na madeira, a germinação na dureza”.
Outros preferem reclamar algum topônimo toscano que poderia ter sugerido o nome a Collodi. Em Colle di Val d'Elsa, onde foi aluno do seminário episcopal local havia uma fonte chamada "Fonte do Pinóquio”. Segundo alguns poderia ter tomado também do moderno San Miniato Basso, que se chamava na época "Pinóquio", que é também o nome do rio que corre no meio da vila. Era uma localidade que Collodi conhecia bem: o pai de Carlo Lorenzini, Domenico, tinha morado por muitos anos na zona de Pinóquio trabalhando como cozinheiro em casa de uma rica família do lugar.
O livro As aventuras de Pinóquio, concluído em 1883, é uma mistura de romance e conto de fadas. Mas as peripécias do boneco mentiroso foram primeiramente publicadas em folhetins (ou seja, em capítulos num jornal), no periódico romano Giornale per i Bambini (ou Jornal das Crianças).
Durante todas as aventuras, Pinóquio desobedece ao pai, não dá ouvido a seus conselheiros, foge da escola e do trabalho, junta-se a más companhias e é cheio de péssimos modos. Mete-se em enrascadas durante todo o percurso. Esse foi um jeito de o escritor passar ensinamentos sobre o certo e o errado para os jovens leitores de sua época.
Antes mesmo de nascer, Pinóquio já é malcriado e chuta o nariz de Gepeto. Logo nos primeiros capítulos, o boneco dá uma martelada no Grilo Falante, uma espécie de conselheiro do personagem. Ele vende a cartilha da escola, que Gepeto comprou após trocar seu único casaco por algumas moedas para assistir a um teatro de marionetes. Com o amigo Pavio, vai parar no País dos Brinquedos, onde os meninos não estudam, só brincam, mas viram burros depois de alguns meses. Essas são só algumas das travessuras do boneco.
A Fada Azul, outra conselheira do boneco que surge sempre em momentos difíceis, explica a Pinóquio que existem dois tipos de mentira: a de pernas curtas, que é sempre desvendada, e a de nariz comprido. Ou seja, a fada dá o recado de que não adianta enganar os outros, pois, de um jeito ou de outro, as mentiras serão descobertas. O nariz de Pinóquio sempre cresce quando ele mente.
A história de Pinóquio é cheia de moral, mas é diferente das fábulas, que também trazem um ensinamento sempre. Nas fábulas, os personagens não são sempre avisados de seus erros e pagam pelo que fizeram no final. Por isso pode-se dizer que As aventuras de Pinóquio é uma fábula às avessas, já que o boneco erra diversas vezes, mas tem sempre a chance de consertar suas trapalhadas.
Depois de muito aprontar, ele realiza seu desejo de virar um menino e conclui:
“Como eu era ridículo quando era boneco! E como estou contente de ter me tornado um bom menino”.
Em 1940, o personagem ganhou vida num desenho animado de Walt Disney. Foi quando se tornou mais popular no mundo todo. Mas a história de Disney é um tanto diferente do original. Na animação, por exemplo, é uma baleia que engole o boneco e Gepeto, em vez do tubarão existente na versão de Collodi.
Pinóquio: Uma viagem à infância
A foto de Rô com o personagem Pinóchio é uma nostalgia à nossa entrevistada. Rô disse que gosta do famoso ‘boneco de madeira’ desde quando era criança, o qual marcou sua infância. A singela homenagem conta um pouco da história de Pinóquio, que Rô lembra-se até hoje com muito carinho.
COMEMORAÇÃO
Rô Maldonado, Lú Maldonado, Amanda e Mateus (Fabris), em jantar após finalização do reconhecimento da cidadania de Rô Maldonado, em um restaurante mo centro histórico de Ferrara - Bologna.
HOMENAGEM
Homenagem ao senhor Senhor Rubens Tempesta (11/05/1923 - 18/06/2012)
Rubens Tempesta era filho do italiano Lorenzo Tempesta, natural de Lácio (Lazio) - Itália,
o qual transmite a linhagem italiana à Rossana Tempesta Maldonado, sua bisneta.