Olá amigos da Revista Evidência!
Neste mês das crianças irei falar sobre a importância do brincar no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança.
Segundo Winnicott (1975) "a brincadeira é universal e é própria da saúde: o brincar facilita o crescer, logo a saúde".
Atualmente as crianças têm cada vez menos tempo para brincar, em prol de agendas cheias de atividades extracurriculares e deveres escolares.
O brincar fica para segundo plano e a preocupação dos pais recai, sobretudo em saber se os filhos estudaram ou não, sem perceberem que nenhuma criança desenvolverá todo o seu potencial se a brincadeira não fizer parte da sua vida.
Por meio da brincadeira, a criança explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, interiorizando-a. através da brincadeira, a criança tem oportunidade de simular situações e conflitos da sua vida familiar e social, o que lhe permite a expressão das suas emoções. Brincar é uma forma segura das crianças encenarem os seus medos, as suas angústias e a sua agressividade e de tentarem elaborar e resolver os seus conflitos internos. Os jogos, nos quais está implícito o perder e o ganhar, permitem que a criança possa começar a trabalhar a sua resistência à frustração. Aprender a lidar com esse sentimento é essencial para o seu equilíbrio emocional e para o desenvolvimento da personalidade.
Outro aspeto importante do brincar é o desenvolvimento do raciocínio, da atenção, da imaginação e da criatividade, na medida em que as brincadeiras trazem novas linguagens e ajudam a criança a pensar.
O brincar desempenha um papel igualmente importante na socialização da criança, permitindo-lhe aprender a cooperar, a comunicar e a relacionar-se, desenvolvendo a noção de respeito por si e pelo outro.
Os benefícios do brincar são inesgotáveis e como tal é muito importante que os pais não se esqueçam de definir na agenda da criança um espaço diário para não fazer nada e brincar.
Os pais têm um papel fundamental no que respeita à preparação dos espaços, à seleção dos brinquedos e dos contextos a serem explorados, proporcionando à criança um ambiente de qualidade e enriquecedor da imaginação infantil, que estimule as interações sociais com outras crianças e familiares.
O adulto pode e deve participar da brincadeira, uma vez que o seu envolvimento não só estreita os laços afetivos com a criança como também aumenta o seu nível de interesse e motivação. Por isso, sempre que possível, brinque muito com o seu filho e conceda-lhe uma boa parte do dia para ele brincar! Dessa forma, o ajudará no seu crescimento e desenvolvimento saudável!
Então, vamos brincar!
E até a próxima!