O inverno acabou e trouxe a primavera, elevando as temperaturas e o constrangimento de quem sofre com a transpiração excessiva. O suor é uma estratégia que o organismo utiliza para baixar a temperatura corporal e eliminar impurezas, porém quando ocorre de maneira exagerada e ocasiona repercussões negativas pode ser considerada como doença, conhecida por hiperhidrose.
Essa condição atinge de 2 a 3% da população mundial, independe do sexo, porém menos da metade das pessoas procuram ajuda médica. Axilas e mãos são as regiões mais acometidas, mas o rosto, costas e pés também podem ser acometidos.
Situações que causem estresse físico, psicológico, nervosismo podem desencadear a piora do quadro e o aumento da transpiração. Os sintomas podem variar desde as “pizzas” em camisas até gotejamento de suor pelas mãos, que impede o paciente de escrever e realizar trabalhos manuais. Muitos referem que quando percebem que começam a suar, ai é que o suor piora. Chamamos a isso de “Síndrome do gatilho da hiperidrose”.
O tratamento depende da região e gravidade dos sintomas.
. Para os casos mais leves é sugerido uso de roupas de algodão que deixam a pele “respirar” melhor e de desodorantes e cremes a base de cloreto de alumínio, para diminuir a sudorese através da oclusão dos canais do suor.
. Os demais casos podem ser tratados com toxina botulínica (botox) que diminui a atividade das glândulas sudoríparas e tem duração média de 8 a 12 meses. O procedimento é feito no consultório com retorno imediato as atividades habituais. O resultado começa em cerca de 4 dias.
. O tratamento definitivo para os casos mais graves deve ser cirúrgico, através de um procedimento chamado de simpatectomia em que o nervo que estimula a eliminação de suor é cortado. A lipoaspiração superficial também pode ser utilizada para reduzir as glândulas produtoras de suor.
Suor não deve ser um problema e fonte de constrangimento. Procure ajuda médica.